domingo, 12 de agosto de 2012

Errata e continuação da Avaliação dos planos de governo dos candidatos a prefeito do município de Piúma/ES


No post anterior :

Tópicos importantes da Avaliação dos planos de governo dos candidatos a prefeito do município de Piúma/ES - Parte 1 - Candidato Samuel Zuqui


Na verdade o resumo é da 2ª Parte da Avaliação do Sr. Bodart

Mas apesar do erro, fica valendo o que foi dito, ok, pessoal?

Então vou voltar para a primeira parte da Avaliação e fazer meu resumo e dar minha opinião.

1. APRESENTAÇÃO DE COMO FOI PRODUZIDO O DOCUMENTO/Metodologia

A proposta do candidato Samuel Zuqui, existe a seguinte descrição:

"A elaboração das propostas de governo tem como base as diretrizes partidárias e
o planejamento geral da campanha, onde serão definidos as prioridades e os
grandes projetos e programas defendidos pelas candidaturas coligadas e que
serão apresentados de forma clara e objetiva no Programa de Governo. (ZUQUI,
2012, p. 1)."

O documento afirma que o documento é fruto as diretrizes partidárias e o
planejamento geral da campanha. Acredito que parte desta afirmativa não seja coerente
com a realidade, uma vez que, as coligações partidárias se definiram na véspera do
registro da candidatura. Vários grupos que não faziam parte do grupo original se
coligaram posteriormente à elaboração do programa de governo.

A coligação Unidos por Piúma que une os partidos PTB / PPS / PSDC / PHS / PMN / PTC / PSB / PV  e PSDB, foi definida menos de uma semana antes do registro de candidatura e se o Sr. Samuel Zuqui me disser que eles conseguiram criar (ainda que de forma precária) um Plano de Governo após isso, tenho apenas um comentário a fazer: 
"ISSO EXPLICA BEM UM PLANO DE GOVERNO TÃO INEFICAZ E QUE NÃO DIZ NADA A POPULAÇÃO"

2. DEMOCRACIA E TRANSPARÊNCIA NA GESTÃO PÚBLICA

Em relação ao programa do candidato Samuel Zuqui, apenas aponta a 

Ampliação da capacidade de controle de gastos públicos bem como na transparência das e ações municipais, desenvolvendo mecanismos de gestão administrativa e meios legais permissivos (ZUQUI, 2012, p.2).

Acredito que tal afirmação é vaga e imprecisa. Pelo documento observamos que
não existe a preocupação de promover a participação social, antes caracterizando-se
como centralizador e tecnocrático. Cita a necessidade do controle dos gastos públicos,
mas não faz menção quem seriam os controladores. Seria a própria administração? A
população não é se quer mencionada.

A verdade é que a sentença não diz absolutamente nada. "Ampliação da capacidade de controle de gastos públicos" Que tipo de ampliação? Estendendo este controle à população? Mas de que forma?
"Desenvolvendo mecanismos de gestão administrativa e meios legais permissivos"
É muita ignorância minha perguntar exatamente o que ele quis dizer com isso? Que tipo de mecanismos, Sr. Zuqui? E que meios legais?
Na verdade o que vejo é uma série de palavras extensas e rebuscadas que não dizem absolutamente nada.

Sei que os jornalistas tem uma técnica para escrever, questões que precisam ser respondidas quando se escreve uma matéria: Como? Porque? Quando? Onde?

Um texto como um Plano de Governo deveria seguir esses mesmos parâmetros para que não ficássemos fazendo esse tipo de pergunta. 

Transcrevo aqui na íntegra o Balanço do Sr. Bodart sobre os tópicos avaliados na 1´ª parte de sua avaliação.

Breve balanço desta primeira parte avaliativa:
Grosso modo parece que os candidatos André Layber e Fernanda Taylor são
mais abertos a ampliação democrática. O candidato André Layber deixando-os dúvida se
realmente entende o que é isso, uma vez que considera a atual administração
democrática e participativa. E a candidata Fernanda Taylor parece não saber bem
colocar em prática. Quanto ao Samuel Zuqui, pelo documento em análise, parece não
dar importância para a participação social na gestão pública.
Quanto a elaboração desse documento, não houve a preocupação de André
Layber em esclarecer o que e quem esteve por traz de sua elaboração. O Samuel
afirmou que foi realizado por meio dos interesses dos grupos a ele coligado, o que parece
não ser a realidade. A Fernanda afirma que foi feito par meio da participação da
população, não deixando claro se esta definiu o que seria tratado no documento ou se
apenas foi consultada. Quanto a veracidade dessa participação eu, por ficar fora de
Piúma devido aos meus estudos, não posso dizer que houve ou não houve. Isso cabe ao
eleitor avaliar se é verdade ou mentira.

Continuo tão cheia de dúvidas quanto estava após ler os planos de governo e antes de ler a avaliação.

Nossos candidatos (seus assessores) podem até saber escrever bonito, mas não sabem tornar um texto compreensível e principalmente, não sabem escrever para o povo, ou não se importam, ou acreditam que ninguém se importe ou ainda, estão se lixando para essa história de Plano de Governo, da mesma forma como quando estiverem no poder estarão se lixando para as necessidades do município, como a "situação" atual.

Viva Piúma!